Sob uma marca histórica, a Real Companhia Velha lançou recentemente uma nova referência de vinhos DOC Douro: ‘Feitoria Reserva tinto’, com estreia na colheita de 2017. À venda em exclusivo no Continente, numa parceria já com resultados bastante positivos. Prova disso foi a consequente chegada do ‘Feitoria Reserva branco 2019’ às prateleiras.
Assim, o ‘Feitoria Reserva tinto’ e o ‘Feitoria Reserva branco’ são dois vinhos com perfis assumidamente durienses e uma imagem muito atual, que vieram para ficar. Uma dupla que representa a homenagem da Real Companhia Velha a um marco – literalmente falando – tão antigo, refletida em vinhos de grande caráter e complexidade, feitos com uvas de castas autóctones com origem em parcelas selecionadas.
A exaltação da história em forma de vinho, branco e tinto!
O ‘Feitoria Reserva branco’ (€12,99), da colheita de 2019, é um blend de Viosinho, Arinto e Rabigato, fermentado em cubas inox e estagiado em barricas de carvalho francês, por um período de 6 meses. No nariz, é um vinho muito sério e complexo, com destaque para a fruta branca, refrescada por impressões cítricas e complexada por notas de especiarias. Na boca, é um branco envolvente, guloso e pleno de sabores. É muito longo e cheio de tensão, o que lhe confere versatilidade. Peixes gordos, queijos e pratos picantes são bons companheiros.
Produzido com Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Tinta Barroca, o ‘Feitoria Reserva tinto’ segue o mesmo processo do branco, com fermentação em cubas inox, seguida de um ano de estágio em barricas de carvalho francês. O ‘Feitoria Reserva tinto 2017’ (€12,99) é um belo tinto, de cor rubi profundo e grande complexidade aromática: frutos vermelhos e silvestres, com nuances de baunilha, resultantes do seu estágio em barrica. Na boca, é redondo e equilibrado, com generosos sabores frutados, mas com uma textura firme e um final de prova longo e persistente. Acompanha preferencialmente carnes, massas e queijos.
‘Feitoria’: a marca que nasce de um marco
A marca ‘Feitoria’ faz referência à designação histórica pela qual eram conhecidos os vinhos da região do Douro, a Demarcação de Origem Controlada mais antiga do mundo. Depois da primeira Demarcação do Alto Douro Vinhateiro, em 1756, os vinhos produzidos no Douro eram chamados de ‘Vinhos de Feitoria’.
Em 1758, sob a jurisdição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (também denominada Real Companhia Velha), foram instalados 201 marcos de feitoria e, em 1761, procedeu-se à colocação de mais 134. Numerados de 1 a 335, os marcos eram “guardiões silenciosos” das fronteiras da Região Demarcada do Douro, delineando os doze concelhos com autorização para produzir vinho do Porto. Feitos em granito, com formato retangular, cerca de dois metros de altura, trinta centímetros de largura e vinte de espessura, estes ícones da mais antiga região vitivinícola demarcada do mundo foram classificados como imóveis de interesse público em Outubro de 1946. Neles exibem a inscrição de “Feitoria”, o algarismo da numeração do marco e o ano da sua colocação.
Uma investigação do Museu do Douro, feita em 2007, concluiu que dos 335 marcos pombalinos colocados no Douro, apenas 105 estavam referenciados. Um deles foi preservado pela Real Companhia Velha e pode ser visto no seu Museu da 1.ª Demarcação, situado no centro de visitas 17.56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha, em Gaia.