Apaixonado pelo Douro, pelos socalcos da vinha centenária e pelos quilómetros de muros de xisto que enriqueceram a região ao longo dos tempos, Américo Amorim rapidamente encontrou na beleza da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo a concretização de um sonho antigo. Em 1999 adquiriu a propriedade, marcando oficialmente a entrada da família Amorim no negócio de produção de vinho de elevada qualidade.
Exatamente 20 anos depois, o projeto é uma referência incontornável não apenas na história dos vinhos do Douro, mas também de Portugal. No ano passado, a família Amorim avançou com a compra da Quinta de Taboadella, no Dão, passando a atuar em duas regiões clássicas de enorme potencial e futuro. O lançamento oficial está agendado para 2020.
Precursor do projeto, Américo Amorim é agora homenageado com um vinho feito a partir da memorável vindima de 2017, ano do seu falecimento. O AETERNUS é proveniente da melhor vinha centenária da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, plantada em sólidas rochas de xisto ao longo de cerca de 2,5 hectares, com uma produção média de apenas 0,4 kg por planta.
O resultado é a expressão fiel do terroir distinto da região, combinando a robustez das castas indígenas com a perseverança humana, numa afirmação do perfil clássico do Douro, da sofisticação do seu carácter único e longevidade iminente – tal como a marcante história e percurso do homem que o inspira. A exclusividade deste vinho traduz-se também pela limitada produção – apenas 3.566 mil garrafas disponibilizadas para todo o mundo, com um PVP recomendando de 140,00€.
A estreia do AETERNUS 2017 fica ainda marcada pela expressiva pontuação de 94-96 pontos atribuída pelo crítico internacional Mark Squires (Robert Parker) confirmando a sua “grande personalidade e potencial”. A par deste resultado, destaque ainda para as altas pontuações atribuídas aos icónicos Mirabilis Tinto 2017 (96-98 pontos), Mirabilis Branco 2018 (92-94 pontos), Quinta Nova Grande Reserva 2017 (96-98 pontos) e Quinta Nova Grande Reserva Referência 2017 (94-96 pontos).
Para mais informações, consultar: www.quintanova.com e www.taboadella.com
Sobre a colheita 2017
A longa vindima de 2017 iniciou-se em 22 agosto e terminou a 14 de outubro. Um ano extremamente seco e quente, onde a evolução das condições climáticas teve como consequência o adiantamento significativo do ciclo vegetativo, fazendo com que a vindima tenha sido uma das mais precoces de que há memória. A ausência prolongada de precipitação e ocorrência de temperaturas muito elevadas até junho conduziram a um forte stresse hídrico, térmico e luminoso, numa fase precoce do ciclo, com um impacto na perda de produção, nomeadamente pela desidratação ocorrida nos cachos, conduzindo a um aumento da concentração. Com a Natureza a mostrar toda a sua imprevisibilidade, foi preciso convocar a larga experiência da equipa de enologia e viticultura da Quinta Nova, liderada pela dupla Jorge Alves e Ana Mota, que, no momento certo, soube intervir e fazer frente a uma das vindimas mais difíceis de que há memória. O resultado foram vinhos de grande intensidade, excelente concentração e com uma surpreendente frescura.