Decorreu no último fim de semana, em Vila Nova de Foz Côa, a 8.ª edição do ‘Festival do Vinho do Douro Superior’ (FVDS). Foram três dias bastante intensos, com um número recorde, tanto de expositores (83), como de visitantes, com perto de 10.000 entradas registadas. Mais do que números, importa destacar a confirmação da qualidade tanto dos vinhos como dos sabores do Douro Superior e da dinâmica que esta sub-região atravessa, traduzida no aumento, ano após ano, do número de produtores e de marcas lançadas no mercado. Se o FVDS pode ser considerado um bom barómetro da realidade económica local, os tempos correm de feição para o Douro Superior.
O crescimento do Festival corre a par com o aumento de interesse que o mesmo suscita, muito para além dos limites geográficos da sub-região. Para os produtores presentes tem sido especialmente importante a visita de media, compradores, negociantes, restaurantes e lojas de vinho de todo o país, que aqui vêm procurar vinhos diferenciados e de forte carácter: tanto os brancos frescos e vibrantes, como os tintos frutados e elegantes.
Como habitualmente, o FVDS contou com um conjunto de actividades que se estenderam pelos três dias. Provas de vinhos e azeites – comentadas por especialistas e com lotação esgotada –; um colóquio, que reflectiu sobre as novas oportunidades que se oferecem à região; e o tradicional ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’.
O ‘Concurso de Vinhos do Douro Superior’, que nesta edição teve perto de 180 referências em competição, assume características únicas, porque consegue atrair vinhos bastante consagrados – por enófilos e pela critica nacional e internacional –, mas também aqueles que estão a dar os primeiros passos, provenientes de pequenas produções locais, mas cuja qualidade não deixa ninguém indiferente.
Um júri composto por 35 especialistas e compradores profissionais escolheu, em prova cega, os melhores vinhos nas categorias de branco, tinto e vinho do Porto, respectivamente. ‘Quinta da Pedra Escrita branco 2017’, de Rui Roboredo Madeira Vinhos; ‘Crasto Superior Syrah tinto 2016’, da Quinta do Crasto; e ‘Quinta do Grifo Porto Vintage 2016’, da Rozès, foram os vencedores absolutos.
Os resultados foram anunciados no Domingo, perante grande expectativa, sendo que para além dos já referidos vinhos foram atribuídos 63 diplomas: 19 brancos, 6 com ‘Ouro’ e 13 com ‘Prata’; 36 tintos, 12 com ‘Ouro’ e 24 com ‘Prata’; e 8 Portos, 4 com ‘Ouro’ e 4 com ‘Prata’.