A Taylor’s, uma das mais antigas e prestigiadas casas de vinho do Porto, produz lote exclusivo e lança edição limitada que recria garrafa histórica da primeira metade do século XVIII. Segundo Adrian Bridge, diretor-geral da Taylor’s, “Com este lançamento pretendemos prestar tributo à longa e riquíssima história do vinho do Porto e, em simultâneo, introduzir inovação tal como fizemos muitas vezes ao longo da nossa história. Para esse efeito, decidimos criar um vinho único e lançar uma embalagem personalizada, colecionável e em quantidades limitadas, que fosse apelativa para atuais e novos consumidores de vinho do Porto.”
O vinho é resultado de uma cuidada seleção de vinhos tawny, de diferentes idades, provenientes das extensas reserva de Vinho do Porto que envelhecem nas caves da Taylor’s. Produzido com a mestria acumulada ao longo de gerações, este Porto Tawny Reserva é equilibrado e harmonioso, com toda a elegância e intensidade conferida pelo envelhecimento em cascos de carvalho.
Nas palavras de David Guimaraens, diretor de Enologia da Taylor’s, “Este lote foi cuidadosamente preparado para esta edição limitada. Apresenta um carácter único e a riqueza característica da Taylor’s, culminando num final de incrível e distintiva persistência.”
O desenvolvimento da embalagem foi inspirado numa histórica garrafa inglesa, cujo pico de utilização ocorreu entre os anos 1715 a 1740. Estas garrafas tinham uma forma oval e estreita, sendo frequentemente descritas como “castanhas achatadas”. Geralmente, estes formatos tinham capacidades variáveis entre 1 litro e 1,5 litros, que era superior à geração de garrafas que a precederam e que tinham a forma de “cebola”.
Esta edição histórica vêm acondicionada numa caixa de madeira que destaca as elegantes linhas da garrafa gravada com o símbolo distintivo “4XX” utilizado pela Taylor’s e que é a sua marca. Este símbolo consta da primeira garrafa com selo comercial de que há registo e remonta ao início da atividade da produtora, em 1692. Respeitando as garrafas originais, estas terão capacidade de 1 litro e vão estar disponíveis nas melhores garrafeiras durante o mês de Outubro, com o preço de venda ao público recomendado de 50€.
Notas de Prova
Núcleo laranja intenso que se desvanece num rebordo avermelhado. No nariz apresenta-se maduro e complexo, carregado de nuances subtis. Aromas a ameixa, figo e sultanas que combinam com as notas adocicadas a maçapão e biscoito. Sugestões de madeira de cedro e couro acrescentam uma dimensão exótica no nariz. O vinho, redondo e sedutor, com taninos discretos mas bem integrados, apresenta uma atrativa acidez. Sabores ricos a bolo inglês e ameixa fresca sobressaem num longo final. Maravilhosamente equilibrado e harmonioso, com toda a elegância e intensidade conferida pelo envelhecimento em cascos de carvalho.
As garrafas no século XVIII
No início do século XVIII as garrafas eram sopradas à mão e tinham uma forma arredondada, de pouca altura e com uma base larga para aumentar a sua estabilidade. Pelo seu formato, as garrafas não podiam ser mantidas deitadas, não servindo por isso para envelhecer o vinho. Nesta época, as garrafas eram usadas principalmente para transportar o vinho do casco até à mesa, fosse a de uma estalagem, taberna ou das casas das classes mais ricas e abastadas. Por serem caras, as garrafas eram reutilizadas, apresentando muitas vezes o brasão ou as iniciais do seu proprietário.