Depois de anos a investigar e de uma edição experimental, lançada no mercado sob a designação ‘Real Companhia Velha Séries Arinto’ (2012), a equipa de viticultura e enologia da Companhia chegou agora a um resultado que superou as expectativas, levando-a a apresentar o novo elemento da família ‘Quinta do Síbio’: o ‘Quinta do Síbio Arinto branco’, a estrear com a colheita de 2016. É desta forma que se completa uma mão cheia de vinhos com origem nesta propriedade da Real Companhia Velha situada entre o vale do Roncão e o planalto de Alijó: ‘Quinta do Síbio Ananico branco’, ‘Quinta do Síbio Arinto branco’, ‘Quinta do Síbio Field Blend branco’, ‘Quinta do Síbio Samarrinho branco’ e ‘Síbío tinto’.
‘Quinta do Síbio Arinto branco 2016’: da feitoria ao copo
Depois de um Inverno quente e chuvoso e de uma Primavera fria e com grande índice de pluviosidade, seguida de um Verão muito quente e seco, o resultado prima por um vinho elegante, aromático e muito fresco. Para chegar aqui, a fermentação do mosto ocorreu em cubas de inox com controlo de temperatura, seguido de um estágio parcial – 30% – em barricas, por um período de seis meses. Nas notas de prova revela-se um branco com uma excelente complexidade aromática, com aromas florais integrados e uma forte nuance mineral típica da Arinto. Na boca mostra-se fresco, cheio de sabores frutados e minerais, terminando com uma acidez muito viva característica desta casta portuguesa há muito plantada no Douro. É notório que este vinho apresenta uma invulgar capacidade de evolução em garrafa, algo comum em castas de grande nobreza.
Um ensaio sobre o Arinto na Real Companhia Velha
Mas vamos ao início desta história: “o Arinto é uma das castas mais conhecidas na produção de vinho branco em Portugal. Embora presente no Douro desde tempos imemoráveis, nunca se tinha evidenciado na região como um monocasta, e só em 2012 descobrimos a possibilidade de produzir um Arinto de grande qualidade, com uma forte componente varietal.”, afirma Pedro Silva Reis, presidente da Real Companhia Velha. O primeiro monocasta que a Real Companhia Velha produziu a partir desta casta foi o ‘Real Companhia Velha Séries Arinto branco 2012’, uma referência vínica que remete para uma linha de vinhos associada a experimentar e inovar, com o intuito de criar novos perfis. Após as colheitas de 2013, 2014 e 2015, e de explorar diferentes técnicas e abordagens, a Real Companhia Velha consegue, finalmente, na colheita de 2016, obter uma edição que evidencia uma componente mais rica e frutada do Arinto, onde não deixamos de procurar o seu carácter mineral e a sua vivíssima acidez através de um curto estágio em madeira usada para uma parte do lote.
“Decorrente da ambição de descobrirmos um lado ainda mais sério do Arinto, avançamos com variados ensaios, tanto de vindima como na própria vinificação. Acabamos por descobrir, que o Arinto, embora uma casta pouco exuberante aromaticamente, mas com elevadíssimos níveis de acidez, pode de facto apresentar um carácter mais mineral e complexo quando produzido no Douro”, avança Jorge Moreira.