Familia Geisse

Por ocasião da comemoração dos 40 anos da Confraria dos Enófilos da Bairrada e da Região Demarcada da Bairrada, o Miguel Ferreira (A Lei do Vinho) organizou com a Dayane Casal da Bacozon e com a proeza do António Rocha com quem fiz equipa (parece que faz umas coisas no Buçaco) uma prova de espumantes da Cave Geisse no Curia Palace. Eu já conhecia alguns espumantes Brasileiros, todos com um perfil em termos de doçura bastante acima da minha preferência (Brut Nature ou muito próximos dos limites inferiores do Bruto) mas ainda assim fiquei curioso com esta oportunidade de conhecer um produtor diferente.

A Dayane teve a oportunidade de demonstrar o excelente papel de embaixadora de Manaus, e haveria depois de contar a História das Caves Geisse, enquanto a prova decorria. Tínhamos à nossa frente quatro espumantes com diferentes períodos de estágio: 36, 48, 48 e 180 (dezasseis anos!). O Blanc de Noirs Bruto tem uma estrutura um pouco pesada eventualmente da base Pinot Noir, é muito cremoso e persistente e é de todos o que me pareceu ter maior frescura; a cor já ligeiramente evoluída. O Terroir Nature apresenta alguns aromas de maçã verde, nariz muito elegante provavelmente resultado do Chardonnay, é gastronómico mas confesso que me pareceu que mesmo a solo seria uma excelente companhia.

O Terroir Rosé tem uma boca muito frutada (Pinot Noir) com aromas de calda de frutos vermelhos, a cor mais próxima do que eu prefiro num rosé, e perfil ligeiramente mais doce do que os anteriores. Por fim, o Brut 2002 com 16 anos (!) de guarda onde os aromas já estão noutro patamar: caramelo, nozes e avelãs, tostado com ainda bastante frescura, sendo evidente a cor marcada pelo período de guarda. Foi claramente o meu preferido, embora o resto das posições não fosse consensual.

Parabéns às Caves Geisse pela excelente demonstração de qualidade, bem como aos organizadores. Foi uma experiência inesquecível!

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