Haverá muitos parãmetros para avaliar um evento, em particular no mundo vínico. Os enormes medem-se certamente pelo número de visitantes, os elitistas pela média de anos dos vinhos provados, os “fora da caixa” pelo número de diferentes nacionalidades, estilos e correntes de produtores reúnem. Confesso que estes tipos do Bairrada@Lx excederam em muito as minhas expectativas (o sucesso mede-se entre o que se conseguiu atingir e as expectativas que se criaram, bem entendido).
Estes tipos começaram por escolher um local muito melhor, em todos os sentidos; conseguiram reunir um grupo de 20 produtores que representam o que de melhor há na Bairrada; a Comissão esteve presente de forma inequívoca e garantiram a participação fundamental do Rei dos Leitões (que muita fome saciou durante a tarde de sábado, e – inside information – pela noite dentro), Mesmo com constrangimentos pessoais, cerca do dobro dos visitantes do evento anterior provaram vinhos da Bairrada (espumantes, brancos e tintos, e até cheirei um late harvest e um abafado), fizeram desaparecer leitão na forma de sandes, iscas e outros bem como o irrecusável Morgado do Buçaco e ouviram algumas das vozes da região versar sobre os vinhos, as quintas, ou sobre o Terroir. É evidente que quem faz uma Bairrada Talk com dois vinhos para prova na mesa tem uma enorme vantagem competitiva…
A noite haveria de acabar com dois torpedos, um Morgado do Buçaco e uma série de acompanhamentos líquidos para fechar o dia que foi longo com a presença de vários amigos (outros preferiram viajar para longe) que ajudaram a tornar o evento possível.
A Bairrada esteve de parabéns através das suas gentes. Tal como depois da primeira edição, há planos para fazer mais e melhor numa próxima oportunidade.