É evidente que mais algum tempo de garrafa faria este vinho crescer (mais), mas não fiquei desapontado com o resultado. Depois de lhe dar algum tempo para respirar, o nariz de fruta silvestre fez-se sentir com muita expressão, bem como alguns apontamentos de floresta.
Há ainda muita frescura que acompanha o perfil elegante, seco e encorpado, a pedir companhia à mesa; a pimenta preta e o cacau aparecem nos primeiros minutos.
Os taninos gritam “presente” mas estão muito afinados, e no final da garrafa fiquei com muita pena de ser a última, embora não fosse minha.
Já aí anda o 2011… e, actualizando com informação vinda directamente do produtor: depois do 2007 veio o 2009, 2011 e o 2015 está à porta (também em magnum)!
… Ler maisO Dão está vivo e recomenda-se. Está ainda a decorrer o Dão Invicto na Alfândega do Porto, que conta ainda com a presença da Maserati (classe não falta, portanto) com mais de duas dezenas de produtores, acompanhados por queijos e enchidos da região que são de comer e chorar por mais.
Tive oportunidade de participar numa prova comentada de Brancos do Dão, cujo objectivo era mostrar a grande diversidade da região. Assim, lado a lado estiveram o Casa de Mouraz 2015 a defender as cores do biodinâmico (lote de nove castas); o Dão António Madeira 2015 como exemplar de vinho de garagem (vinhas velhas), o Villa Oliveira Encruzado 2015 como excelente exemplar monocasta de Encruzado e o Quinta dos Carvalhais Branco Especial (um lote de várias castas e de vários anos).
No que diz respeito às surpresas, encontrei o Encruzado do Castelo de Azurara (exemplares de 2011 e 2015) que me surpreenderam pela positiva e que não conhecia, os surpreendentemente elegantes Carvalhão Torto de 2007, 2008 e 2011 (!), e por razões diferentes o Pedra Cancela Reserva, o Quinta das Estrémuas TN 2010 e os Vinha de Santa Ana e Solo Franco da Quinta da Vegia.
Hoje ainda lá estarão, … Ler mais
Quase a completar 20 anos no sector dos vinhos, o Grupo Amorim estende agora o seu portfolio do Douro até ao Dão, com a aquisição da Taboadella, uma propriedade de 50 hectares, reconhecida como uma das mais importantes manchas de vinha da região a 520 metros de altitude. “Este passo foi pensado há alguns anos, mas só agora tivemos a oportunidade de adquirir uma quinta, onde será possível desenvolver um projeto de enorme qualidade. Temos uma estratégica familiar bem definida e acreditamos muito no conceito de pequenos Châteaux de vinhos em Portugal. A par da Quinta Nova no Douro, esta quinta é uma das mais antigas do Dão e o passo certo para construirmos um projeto de referência nesta região clássica, berço da Touriga Nacional com uma adega e um conceito próprio”, refere Luísa Amorim, administradora da Quinta Nova N. S. Carmo.
Localizada em Silvã de Cima e geograficamente bem posicionada entre dois vales – Vale do Pereiro e Vale de Sequeiros, a Taboadella conta com uma das maiores vinhas de altitude da região – 40 ha no total -, fator primordial para produzir vinhos com elevada frescura. Esta mancha de vinha, localizada junto à Ribeira das Fontainhas, usufrui de … Ler mais
O encruzado é uma das minhas castas preferidas (tive o privilégio de fazer algumas centenas de kilómetros para estar no Encruzado Day 2016), o que faz com que esteja especialmente interessado em acompanhar as interpretações da casta.
Fiquei surpreendido ao encontrar este Flor de Penalva Encruzado com um desconto bastante razoável numa grande superfície(não passará uma mensagem errada sobre a casta?), ao lado do irmão Malvasia Fina. Agrada-me o estilo ligeiramente oxidado (não será provavelmente consensual) e o perfil ligeiramente seco , a mineralidade e os aromas cítricos.
… Ler maisEste Casa de Santar Reserva Branco, embora composto por um conjunto de castas que me agradam, tem ainda a madeira bem marcada. A baunilha nota-se ao de leve no nariz que tem bastante fruta, e a boca é complexa e elegante embora algum tempode garrafa ajude a harmonizar a madeira.
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