Archive For The “vinho” Category

Kopke Porto Tawny 50 anos

Kopke Porto Tawny 50 anos

A Kopke lançou recentemente um duo de Portos tawny 50 anos: um tawny e um white, estando estas categorias limitadas até agora aos 10, 20, 30 e 40 anos. Se na categoria de 40 anos já estávamos habituados a um patamar de excelência, passamos nos 50 anos para o que é sublime.

Kopke 50 anos Tawny

Os reflexos esverdeados demonstram tratar-se de um vinho muito velho, acompanhado pelo mogno bem carregado. O nariz é muito intenso e complexo; são muito evidentes as notas de figos secos, especiarias, nozes e tabaco condizentes com envelhecimento muito prolongado.

Li algures que a boca parece interminável – e é a melhor forma de a descrever: boca complexa, frescura evidente, enorme volume de boca marcado por frutos secos e especiarias. Muito mais do que um Porto, é uma verdadeira experiência. Daqui a uns anos será o meu aniversário……

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Ceira Reserva Tinto 2017

Ceira Reserva Tinto 2017

É um Douro da região do Alto Douro, subregião do Cima Corgo, feitos por pessoas para pessoas: o Ricardo e a Margarida que, para além do projecto familiar, arregaçaram as mangas para este recente projecto.

O nariz é marcado pela fruta preta e vermelha, e o que me parece ser a violeta da Touriga Nacional. O perfil é ligeiramente seco, com taninos macios, frescura e final médio. Servido um pouco abaixo da temperatura habitual sairá muito beneficiado, e por cá já acompanhou muito bem um pernil assado, um arroz de coelho e até um franguinho porque as análises estão perto…

Conheçam o projecto e a loja online em https://ceirawines.com/

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Dona Aninhas Reserva Rosé 2019

Dona Aninhas Reserva Rosé 2019

Este vinho é uma homenagem à Mãe do António Parente, que comanda os destinos da Quinta de S. Sebastião, e de alguma forma um reconhecimento a todas as Mães que nos preparam para a vida. Quando, como é o caso, há uma história, deixamos de estar perante apenas um vinho.

É um rosé de cor salmão claro que não devemos correr o risco de beber fresco demais para não atenuarmos os aromas de morango, pêssego, pimenta e biscoito que estão bem presentes envoltos num perfil salino (Arruda dos Vinhos deve estar a cerca de 20Kms do mar) e muito mineral. Não esperava encontrar esta combinação de aromas, que resultam de uvas de Touriga Nacional, Merlot e Castelão.

A boca tem um bom corpo, é bastante fresco e acaba num final longo com aromas de especiarias, amoras e morango. Ainda que a prova tenha sido sem acompanhamento, não tenho dúvidas que se vai comportar muito bem com sólidos de verão.

Vinho oferecido pelo produtor

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Poço do Lobo Arinto 1995

Poço do Lobo Arinto 1995

Para quem gosta de vinhos velhos, as Caves São João são uma fonte de alegrias tanto em termos de qualidade como em termos de quantidade. Em 2013 decidiram colocar à venda uma quantidade enorme de referências anteriores a 2000, o que tem feito as delícias de amantes destes vinhos velhos.

Este branco com 25 anos (!) é amarelo carregado pela idade, não me deu nenhum problema a abri-lo com um saca-rolhas normalíssimo e nem foi preciso decantá-lo para ter um nariz limpo.

Sentem-se aromas a petróleo e borracha primeiro, e alguns minutos depois aparecem a maçã e pêssego compotados, avelãs, nozes e caramelo, se bem que nas várias camadas encontrei uns toques ligeiros a citrinos (!).

A frescura é impressionante para esta idade, a boca é untuosa e elegante e acaba com um final médio com tendência para aparecerem aromas a amêndoas torradas.

Experiência incrível! Combinou às mil maravilhas com uma dourada grelhada.

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Barranco Longo Rosé

Barranco Longo Rosé

Este rosé tem um nariz frutado muito intenso (fruta vermelha e tropical) e ligeiros aromas vegetais. Não é o tom de rosé que mais me agrada, mas por outro lado gostei muito do perfil seco. Corpo e final médios, com boa frescura.

Não é o típico rosé de piscina, e fez excelente companhia a uma picanha! Olá Algarve…

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Marquês de Marialva Bical & Arinto Reserva 2015

Marquês de Marialva Bical & Arinto Reserva 2015

As compras para stock (digo, para consumo) já incluem quase sempre uma percentagem deste Bical & Arinto.

Estão lá as notas de pão torrado/bolacha do Bical com alguns citrinos e fruta branca. A bolha está afinada e o que mais se sente na boca são os citrinos e vegetais e a frescura do arinto; não exige acompanhamento sólido mas acompanhou muito bem uma dourada grelhada.

Confesso que o 2014 está mais afinado, mas o tempo (quem lho der) parece-me que o vai levar no bom sentido. Venha o verão!

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Casa Cadaval Riesling 2013

Casa Cadaval Riesling 2013

Devia existir uma lei que proibísse os vinhos desta casta de serem bebidos com menos de 10 anos, pelo menos. A cor está ligeiramente marcada pela idade, muito aromático com notas florais e de pêssego maduro, limão, mineral; fumo e petróleo que muito me agradam.

Perfil médio-seco (ligeiríssimo toque adocicado), fresco e com uma boa profundidade; para amantes de evolução (como eu) vai bem a solo, mas deverá ser acompanhamento ideal para sólidos especiados (sim, picantes e tal). Infelizmente, só tenho mais duas de…. 2014.

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Real Companhia Velha Espumante Pinot Noir Bruto Rosé

Real Companhia Velha Espumante Pinot Noir Bruto Rosé

Um rosé gastronómico, com nariz de frutos vermelhos e alguns toques florais muito elegante com boca muito equilibrada. É um espumante do Douro, longe da região-rainha para os nossos espumantes. A evolução está bem presente mas perfeitamente controlada (é o estilo evoluído-qb que eu tanto gosto).

Pede acompanhamento sólido, mas confesso que a boca elegante e a acidez que parece ter sido esculpida com um bisturi convencem o consumo a solo. Um espumante muito sério!

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Terrunho d’Alma Reserva Bruto

Terrunho d’Alma Reserva Bruto

O Zé Domingues não podia ficar sossegado com o lançamento do Terrunho original (Terrunho Alvarinho 2017), e mandou-se a fazer um espumante de Alvarinho. Estes galegos…

Não é fácil esconder aquela exuberância aromática típica da casta que se pode tornar enjoativa e domesticá-la, mas pela segunda vez a afinação está muito, mesmo muito bem conseguida.

O nariz é de intensidade média com aromas de maçã verde, mentol, pão torrado e mel. O perfil é seco, com a bolha afinada (ajuda a não exponenciar o nariz) e um bom volume de boca. Está lá frescura qb para equilibrar a boca e para garantir que quem tiver a coragem de guardar algumas garrafas em casa não sairá desapontado daqui a alguns anos.

Bolhas todo o terreno, que deixei esquecidas para me salvarem neste período de reclusão forçada, vigiadas pela fotografia antiga do sobrinhão (ele está atento!).

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Vasques de Carvalho tawny 20 anos

Vasques de Carvalho tawny 20 anos

Na categoria dos tawny, a dos 20 anos é a minha preferida; por outro lado, o esta é na minha opinião a melhor relação qualidade-preço se bem que acaba por ser um segmento onde a concorrência é grande.

A minha preferência vai para os tawny brancos (que não abundam), mas não deixo passar a oportunidade de molhar o bico nos tintos. Na minha opinião, o que mais se destaca neste Vasques de Carvalho é o equilíbrio no nariz e na boca. Os aromas habituais de frutos secos (amêndoa torrada), especiarias, compotas e baunilha encontram depois uma frescura de boca e um final longo e aveludado que me deixou impressionado.

Gente, não há dúvidas: está aí o Natal, e este é um excelente representante deste patamar, embora seja acompanhado de uma etiqueta pesada.

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Quinta de São Lourenço Espumante 2007

Quinta de São Lourenço Espumante 2007

Estive na Bairrada durante o fim-de-semana do “Aqui na Bairrada” sem ter participado (o aniversário do sobrinhão tem prioridade), e encontrei por coincidência o António Mendes Nunes e a Joana Pratas durante o pequeno-almoço. Fiquei a saber que o vencedor da grande medalha de ouro foi este espumante mas do ano 2008, do qual sou um consumidor habitual embora o stock esteja em baixo.

Ora, arregacei mangas e, durante o almoço no Rei, fomos obrigados a acabar com as duas últimas de 2007. É evidentemente um espumante que pede companhia à mesa, e não se fez rogado com um arroz de peixe com limão e pregado, seguido do tradicional leitão. O nariz é complexo porque evidencia notas vegetais, fruta vermelha madura e pão torrado.

Na boca é muito evidente a frescura, mas nota-se também que é encorpado e tem um perfil seco, que alinhou bastante bem com uma sobremesa com doce de ovos. As Caves do Solar de S. Domingos continuam a não desiludir na aposta na qualidade; em equipa que ganha….

Não pode faltar em casa, prontinho a abrir.

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Messias Blanc de Blancs Grand cuvée 2011

Messias Blanc de Blancs Grand cuvée 2011

Provei-o pela mão do Miguel há uns meses, e trouxe para casa alguns exemplares para comprovar o que me pareceu: Chardonnay com bolha muito fina, intensidade aromática muito interessante de citrinos (lima e laranja), pão torrado, pêra e amêndoas.

Muito elegante, equilibrado e com excelente frescura, pede comida para acompanhar; neste caso, uma salada de alface com…. OK, não vou enganar ninguém: um franguinho assado picante que não envergonhou em nada o Messias.

A mousse é muito suave, e fiquei espantado com a cremosidade da boca. A não perder!

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