Archive For The “prova” Category

Vinalda Old Wines Experience 2019

Vinalda Old Wines Experience 2019

Foi num belo dia de Primavera que a Vinalda reuniu, na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, vários convidados para apresentar uma série de colheiras antigas ainda disponíveis. A lista era extensa (21 vinhos) e variada (brancos, tintos e Portos; nacionais e estrangeiros), e a prova foi orientada pelo Sérgio Pereira, Director Comercial da Vinalda.

Infelizmente só provei três dos quatro brancos, uma vez que a garrafa do Casa de Santar Colheita Branco 1993 não estava boa (com estas idades, temos que nos habituar a que aconteça ocasionalmente). Fiquei agradavelmente surpreendido com o Paço de Teixeiró Avesso de 2002 que tem um bom volume de boca fruto da malolaćtica embora já com menos frescura e com a Quinta da Calçada Terroir Branco 2012, ainda vibrante; já o Palácio da Brejoeira Alvarinho 2006 me pareceu mais cansado.

Vinalda Old Wines Experience Porto 2019
Vinalda Old Wines Experience Porto 2019

Seguiu-se o Quinta do Monte d’Oiro Clarete Rosé 2006, um Clarete de Syrah que achei interessante embora tenha muito pouca experiência a provar claretes.

Entraríamos depois nos flights dos tintos, onde do meu ponto de vista se destacaram o Covela Reserva 2004 (ainda deve ter vários anos de vida pela frente); o Quinta de Pancas Special Selection … Ler mais

Espumantes “Caves Geisse” na Bairrada

Espumantes “Caves Geisse” na Bairrada

Por ocasião da comemoração dos 40 anos da Confraria dos Enófilos da Bairrada e da Região Demarcada da Bairrada, o Miguel Ferreira (A Lei do Vinho) organizou com a Dayane Casal da Bacozon e com a proeza do António Rocha com quem fiz equipa (parece que faz umas coisas no Buçaco) uma prova de espumantes da Cave Geisse no Curia Palace. Eu já conhecia alguns espumantes Brasileiros, todos com um perfil em termos de doçura bastante acima da minha preferência (Brut Nature ou muito próximos dos limites inferiores do Bruto) mas ainda assim fiquei curioso com esta oportunidade de conhecer um produtor diferente.

A Dayane teve a oportunidade de demonstrar o excelente papel de embaixadora de Manaus, e haveria depois de contar a História das Caves Geisse, enquanto a prova decorria. Tínhamos à nossa frente quatro espumantes com diferentes períodos de estágio: 36, 48, 48 e 180 (dezasseis anos!). O Blanc de Noirs Bruto tem uma estrutura um pouco pesada eventualmente da base Pinot Noir, é muito cremoso e persistente e é de todos o que me pareceu ter maior frescura; a cor já ligeiramente evoluída. O Terroir Nature apresenta alguns aromas de maçã verde, nariz muito elegante … Ler mais

Real Companhia Velha celebra 262º aniversário

Real Companhia Velha celebra 262º aniversário

A Real Companhia Velha celebrou, no dia 10 de Setembro, o seu 262º aniversário nas suas novíssimas instalações do 17•56 Museu & Enoteca. Para além de uma visita ao Museu da primeira demarcação, ocorreu ainda uma MasterClass de Vinho do Porto na Enoteca 17•56 dirigida pelos Pedro(s) Silva Reis (Presidente e Fine Wine Manager respectivamente), e pelo Jorge Moreira (Director de Enologia).  O Museu demonstra o papel determinante que a Real Companhia Velha teve, ao longo dos anos, no percurso do Vinho do Porto e no Douro em geral, bem como em outras áreas relacionadas com o desenvolvimento do Porto (a cidade), como por exemplo a área social, educação e até mesmo na implementação de práticas contabilísticas.

 

 

A Masterclass ocorreu no andar superior, na Enoteca, e incluiu um conjunto inacreditável de referências de Vinho do Porto, divididos em três flights: Nova RCV, a tradição e Portos Icónicos. Neste patamar, as notas de prova são absolutamente estratosféricas. Imaginem começar o segundo flight (depois de quatro Vintage dos últimos 20 anos) com um equilibradíssimo tawny de 40 anos, para acabar no Colheita de 1927 (engarrafado 3 dias antes para esta Masterclass, enorme estrutura, frescura e muito longo) passando pelo Colheita … Ler mais

Monção e Melgaço – The White Experience

Monção e Melgaço – The White Experience

Este evento, organizado pela equipa das Grandes Escolhas e promovido pela CVRVV, colocou lado a lado vários produtores nacionais (e evidentemente muitos locais, focados não exclusivamente no Alvarinho) e internacionais (França, Alemanha, Áustria, Hungria e Espanha – obrigado Olga!). Decorreu a escassos metros do rio Minho, praticamente onde era o parque de campismo.

O dia haveria de começar mais cedo, com uma prova de vários vinhos com a mão do José Domingues (discreto mas com provas dadas em várias referências da região no passado e no presente) e que ainda por cima nos deu a oportunidade de provar um projecto pessoal, o Terrunho (disseram uns artistas presentes que era um corta sabores), com excelente estrutura. São só 3000 garrafas mais 50 magnum, portanto vou acelerar a encomenda!

 

O calor haveria de se fazer sentir, mesmo com várias medidas para o combater dentro do recinto, mas mesmo assim não faltaram visitantes muito interessados em conhecer as várias referências nacionais e internacionais presentes. Fiquei especialmente surpreendido com vários Riesling (sim, sou um #rieslinglover), com o Portal do Fidalgo, o Reserva da Covela, o pequenos rebentos e revisitei o Quanta Terra que está enorme (sim, eu sei, está ali o Vértice Gouveio… … Ler mais

Melhores vinhos do Dão Engarrafados 2018 – IX Concurso

Melhores vinhos do Dão Engarrafados 2018 – IX Concurso

A Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão) organizou a nona edição do “Concurso Melhores Vinhos do Dão Engarrafados”, tendo sido presentes a concurso 142 vinhos de 43 produtores, tendo sido premiados 37 com medalhas de prata, outo e platina, sendo o melhor vinho a concurso considerado o Maria João (branco, 2013) da Quinta do Solar do Arcediago, Agro-turismo, Lda. O Concurso realizou-se no passado dia 2 de Julho, no Salão Nobre do Solar do Vinho do Dão, tendo sido presidido por Beatriz Machado, Diretora de Vinhos da The Fladgate Partnership e que contou com um júri de especialistas nacionais e uma forte componente ibérica e eclética. Aos representantes das Câmaras de Provadores das diversas CVR’s do país, associaram-se enólogos, jornalistas, sommeliers e outras entidades ligadas ao vinho, totalizando 35 jurados.

 

A lista completa dos premiados pode ser encontrada no site da CVRDão, e será certamente uma excelente referência para as compras dos próximos tempos. Os prémios foram entregues num jantar/cerimónia realizada mesmo nos jardins do Solar do Dão, onde estiveram presentes várias centenas de pessoas. Durante o jantar foi possível provar muitos dos vinhos premiados, mesmo antes de ser conhecida a lista final.

 

O número de … Ler mais

Refresh – Bairrada Meets Aveiro 2018

Refresh – Bairrada Meets Aveiro 2018

Foi em Aveiro, ao contrário de todos os outros seis anos, e correu muito bem. O Refresh está de muito boa saúde e recomenda-se, sendo já uma referência nacional para os interessados nas maravilhosas bolhas da Bairrada (parabéns CVB!).  O dia esteve solarengo, o local era bonito e funcional, os produtores especialmente agradados para mostrarem a qualidade dos produtos e o sol ajudou a tornar o dia muito agradável; fui salvo pela amabilidade dos colaboradores de São Domingos que me cederam um chapéu de palha com que enfrentei o sol.

É evidente que a qualidade dos espumantes só tem aumentado, e embora as referências de sempre se mantenham têm aparecido produtores que pela dimensão ou pela idade se vão revelando apostas interessantes para os consumidores. Destaco várias referências de muita qualidade das Caves do Solar de São Domingos, Caves São João, Sidónio de Sousa, Ataíde Semedo, Campolargo, Ortigão, Messias e Adega de Cantanhede.

Haveria ainda de ser confrontado com o desafio de provar os deliciosos doces de ovos, que acompanharam lindamente com alguns dos espumantes. O Refresh (e a Bairrada) estão de muito boa saúde e recomendam-se!

 

 

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Dão Invicto 2018

Dão Invicto 2018

O Dão está vivo e recomenda-se. Está ainda a decorrer o Dão Invicto na Alfândega do Porto, que conta ainda com a presença da Maserati (classe não falta, portanto) com mais de duas dezenas de produtores, acompanhados por queijos e enchidos da região que são de comer e chorar por mais.

Tive oportunidade de participar numa prova comentada de Brancos do Dão, cujo objectivo era mostrar a grande diversidade da região. Assim, lado a lado estiveram o Casa de Mouraz 2015 a defender as cores do biodinâmico (lote de nove castas); o Dão António Madeira 2015 como exemplar de vinho de garagem (vinhas velhas), o Villa Oliveira Encruzado 2015 como excelente exemplar monocasta de Encruzado e o Quinta dos Carvalhais Branco Especial (um lote de várias castas e de vários anos).

No que diz respeito às surpresas, encontrei o Encruzado do Castelo de Azurara (exemplares de 2011 e 2015) que me surpreenderam pela positiva e que não conhecia, os surpreendentemente elegantes Carvalhão Torto de 2007, 2008 e 2011 (!), e por razões diferentes o Pedra Cancela Reserva, o Quinta das Estrémuas TN 2010 e os Vinha de Santa Ana e Solo Franco da Quinta da Vegia.

Hoje ainda lá estarão, … Ler mais

Primado: vertical no Palácio do Freixo

Primado: vertical no Palácio do Freixo

Ocorreu no dia 24 de Outubro uma prova vertical do Primado, vinho do Dão, com as colheitas 2004, 2005, 2007, 2009 e 2010. O perfil deste vinho foi criado por Anselmo Mendes que também tem parte da sua equipa a tratar da enologia, e tem a estrutura, elegância e capacidade de envelhecimento os principais objectivos. Só é lançado em anos em que se considere haver qualidade para tal, e em quantidades reduzidas (daí não se encontrar nas grandes superfícies, p.ex.).

O Primado é produzido com 40% de Touriga-Nacional e 30% de Tinta-Roriz, sendo os restantes 30% repartidos entre Alfrocheiro e Jaen, estagia 12 meses em barricas de carvalho francês ao que se segue estágio em garrafa.

A vertical foi efectuada a partir do 2004 para a frente, com as seguintes notas:

2004: ainda com muita fruta fresca, a oxidação já ligeiramente presente e taninos bem domesticados.

2005: floral e fruta madura com pouca intensidade, a madeira está presente no nariz e na boca; persistência média

2007: nariz muito frutado e computado, acidez bem presente e ligeiro teor fenólico.

2009: muita fruta madura, taninos domesticados mas bem presentes, muito boa frescura e com muito tempo para evoluir em garrafa

2010: muita … Ler mais

Grandes Escolhas Vinho & Sabores – Anselmo Mendes: Alvarinho Monção e Melgaço,  expressão do terroir

Grandes Escolhas Vinho & Sabores – Anselmo Mendes: Alvarinho Monção e Melgaço, expressão do terroir

Esta prova foi conduzida na primeira pessoa pelo próprio Anselmo Mendes, de uma forma próxima aos participantes e com preocupação em transmitir informação, muito mais do que apenas realizar uma prova. Falou-se dos tipos de solos, das técnicas de rega, da prática de experimentação que faz parte da forma de estar desta casa, e de como influencia o resultado final, dentro das garrafas.

A prova foi dividida em três segmentos: uma vertical de Muros Antigos, ao que se seguiu uma amostra impressionante do que são alguns dos exemplares de curtimenta (o mais velho era de 2001!) e finalmente um passeio pelo Expressões, uma referência que tem como objectivo colocar a região (Monção-Melgaço) em destaque em vez da casta (estratégia habitual alinhada com o Alvarinho).

A prova iniciou-se com os Muros de Melgaço (2016, 2015, 2012, 2008, 2002), permitindo perceber o perfil desta referência. Destaque, no meu caso, para o 2008 que está ainda muito fresco, cor amarelo dourado, nariz ainda bastante evidente, bom volume de boca com notas de mel, flores, pão torrado. Impressionante para um branco com 9 anos. Por outro lado, o 2002 está ainda num bom registo, sendo mais evidente a madeira por terem sido utilizadas barricas … Ler mais